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IA avança no campo da saúde mental, mas não substitui o contato humano

A imagem mostra um cenário minimalista, onde um robô humanoide e uma mulher sentada frente a frente, separados por uma pequena mesa redonda com um vaso de flores brancas. Ambos estão em sofás idênticos, em postura de diálogo e reflexão. O ambiente é clean, com tons claros, transmitindo sobriedade e neutralidade. Essa composição sugere a ideia central do tema: a inteligência artificial avança no campo da saúde mental, mas não substitui a presença, a empatia e o contato humano. O contraste entre a frieza tecnológica da máquina e a sensibilidade da mulher reforça o debate sobre limites, apoio e complementaridade entre tecnologia e psicoterapia.

A inteligência artificial tem avançado rapidamente no campo da saúde, trazendo inovações importantes, especialmente na área da saúde mental. No Brasil, esses avanços se mostram promissores ao permitir um monitoramento mais preciso de sintomas, suporte em tempo real e análises que auxiliam profissionais de saúde na tomada de decisões clínicas.

Aplicativos inteligentes já ajudam a identificar sinais precoces de transtornos como ansiedade, depressão e até riscos de autolesão, ampliando o acesso a cuidados para quem enfrenta dificuldades em buscar atendimento presencial. No entanto, apesar dessas possibilidades, há limites claros que a tecnologia ainda não pode ultrapassar.

A escuta humana, o vínculo terapêutico construído entre paciente e psicólogo, e o compromisso ético de garantir o bem-estar emocional permanecem insubstituíveis.  A regulação da IA na saúde mental no Brasil ainda está em desenvolvimento e aponta para a necessidade de modelos onde a supervisão humana seja sempre parte fundamental do processo. A inteligência artificial deve ser encarada como uma ferramenta de apoio, e não um substituto dos profissionais de saúde mental.

Esse equilíbrio é urgente e necessário diante dos dados preocupantes no país. Segundo informações do INSS, em 2023 mais de 288 mil afastamentos do trabalho foram motivados por transtornos mentais e comportamentais, número que supera até mesmo os picos registrados durante a pandemia.  Isso evidencia a crescente demanda por cuidados em saúde mental no Brasil e reforça o papel vital dos profissionais capacitados para estabelecer vínculos genuínos de escuta e cuidado, elementos que nenhuma máquina pode replicar por completo.

A inteligência artificial pode, portanto, ser uma aliada poderosa para ampliar o acesso e a eficiência dos tratamentos, mas sempre deve andar junto do acolhimento humano, do respeito à ética e da compreensão profunda das necessidades emocionais das pessoas.

O futuro da saúde mental deve ser uma parceria harmoniosa entre tecnologia e humanidade, onde o cuidado compassivo e a sensibilidade clínica continuem no centro do processo terapêutico, garantindo um verdadeiro bem-estar emocional para todos. Assista ao vídeo com Jussara Dias, psicóloga clínica parceira da Vetor Editora, empresa da Giunti Psychometrics.

Texto originalmente publicado no portal Terra, em 18 agosto de 2025: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude-mental/ia-avanca-no-campo-da-saude-mental-mas-nao-substitui-o-contato-humano,1c8afbf95b6c7266b8d4012e9b4df365zkx759l4.html


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