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A aposentadoria e o papel das organizações

por Sandra Loureiro, orientadora profissional de adultos e psicóloga clínica.

Close-up nos olhos de uma pessoa idosa. Foco no olho esquerdo.

“Aprendi com o tempo que mudanças são

bem-vindas e recomeços são necessários.”

O Pequeno Mestre

 

Aposentadoria, uma fase que faz parte do ciclo natural da vida de um profissional. Fase esta que traz consigo uma aura de independência, de liberdade, mas ao mesmo tempo, traz uma sensação de insegurança, de ostracismo, de inutilidade, muitas vezes pelo fato de não haver um preparo para esse momento.

O momento de deixar de pertencer a uma organização, deixar de viver uma determinada rotina que fez parte do dia a dia da vida. Isso sem falar na questão da perda de um sobrenome adquirido e relacionado com a organização com a qual o profissional está associado.

A realidade da aposentadoria geralmente é acompanhada por um dilema: muitos profissionais desejam e precisam continuar trabalhando após se aposentar. Até porque as pessoas estão vivendo mais, com perspectivas de uma vida ativa e saudável. Paradoxalmente, as necessidades não se convertem em ações de planejamento para viabilizá-las. Tal situação tende a produzir efeitos negativos nos indivíduos, na economia e na sociedade.

Nesse contexto, as organizações podem desempenhar um importante papel, incentivando e colaborando para que seus colaboradores se preparem de modo mais assertivo para a chegada da aposentadoria. Um movimento, que está bastante associado ao S da Agenda ESG, vem sendo promovido pelas empresas, de modo a ajudar as pessoas, tratando a questão de forma mais humana, inteligente e socialmente responsável, por meio de iniciativas conhecidas como Programas de Preparação para a Aposentadoria (PPA).

Os PPAs têm como objetivo auxiliar na reflexão sobre o processo de aposentadoria, suavizando o impacto que essa nova fase pode causar na vida das pessoas, e capacitando-as na tomada de decisões necessárias para sua adaptação à nova condição social. Eles variam em forma, duração e conteúdo.

Os mais adotados seguem o padrão americano: seminários com informações e discussões sobre diversos aspectos de interesse dos participantes, como saúde física e psicológica, alimentação e qualidade de vida, mercado de trabalho e empreendedorismo, direitos previdenciários e educação financeira, família, amigos e espiritualidade.

Em geral, são oferecidos em grupo e visam tanto àqueles em fase de pré-aposentadoria (de seis meses a cinco anos prévios) que querem continuar trabalhando como aos que simplesmente desejam usufruir de seu novo tempo livre. Podem inserir, em alguns momentos, a participação da família. Ocorrem na forma de um único seminário de quatro a oito horas, ou são compostos de módulos que chegam a dois ou três anos, com a participação de especialistas em cada segmento abordado.

Os resultados dos programas, quando estruturados e ministrados por especialistas, são altamente satisfatórios: trazem benefícios aos participantes, que se sentem amparados e valorizados, mantendo um bom desempenho, e às empresas, que descobrem uma poderosa ferramenta de gestão e de humanização das relações de trabalho.

 

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