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O impacto social da tecnologia no cenário infantil

por Cintya Abreu Haselmann, Educadora (Licenciatura em Ciências Biológicas).

Criança com fone de ouvido, cotovelos apoiados sobre uma mesa, mãos sobre o queixo, olhando para a tela de um notebook.

A humanidade tem caminhado para a evolução das espécies, e o homo sapiens, seu representante mais atual, tem acompanhado todas as mudanças que estão acontecendo no Planeta.

Desde a década de 1960, a ciência busca maneiras de transpor barreiras geográficas e tenta criar artifícios tecnológicos para promover este feito. A internet, ou Arpanet, como era chamada, foi a primeira rede de conexão estabelecida entre duas universidades americanas, a de Stanford e a da Califórnia.

De lá para cá, tivemos inúmeros avanços no que diz respeito a tecnologias que aproximam as pessoas. O telefone, que evoluiu para o celular, os computadores que ganharam versões menores, mais rápidas e funcionais, os aplicativos de relacionamento e as redes sociais.

O mundo mudou, e as pessoas precisaram se adaptar a essa nova realidade. As empresas, e principalmente as escolas, tiveram que inovar e repensar a sua maneira de conduzir as situações diárias.

A sala de aula, aos poucos, foi ganhando novos agentes de transformação, e novas metodologias para atender às demandas da nova sociedade. O público também mudou, seu comportamento e as relações sociais precisaram ser reescritas e repensadas.

No passado, as gerações anteriores iniciaram o uso das tecnologias para ingressar no mercado de trabalho, porém tiveram uma educação pautada em outras necessidades. Já as gerações atuais, foram apresentadas às novas tecnologias ainda nos primeiros anos de vida, tornando o convívio com elas quase que indispensável.

Atividades de entretenimento tradicionais, como amarelinha, esconde-esconde, pega-pega, jogar bola e andar de bicicleta, estão se tornando mais raras porque não são os brinquedos favoritos das crianças modernas, porque a tecnologia em nossa sociedade é uma referência para lazer, trabalho e conhecimento.

Nesse sentido, os mais diferentes dispositivos eletrônicos e jogos influenciam diretamente na maturação cognitiva, afetiva e social das crianças, podendo ser benéficos, com o uso direcionado, ou prejudicial, com uso intenso e sem propósito.

A utilização da tecnologia na infância cada vez mais precoce provoca questionamentos polêmicos quanto ao desenvolvimento afetivo, cognitivo e social da criança, uma vez que substituem amigos e jogos reais pelos virtuais, o que impedem muitas vezes de expressarem seus sentimentos, aflições e desejos por meio do mundo real, isolando-se em seus quartos, satisfazendo-se com a vida virtual.

Esse uso indiscriminado sem dúvida desconstrói o vínculo afetivo entre os membros da família, e geram dificuldades no âmbito escolar, por falta de equilíbrio entre a sua cognição e seu afeto, comprometendo o desempenho escolar dos alunos.

Não podemos ignorar que existem, também, alguns problemas relacionados com assuntos mal intencionados, desvirtuando, principalmente, o pensamento de uma criança em desenvolvimento.

Pesquisas mostraram que alunos que estudam apresentações que incluem vídeo as consideram mais atraentes, informativas e divertidas.

Portanto, para evitar que as crianças percam a interação social tão importante, os pais e professores devem prestar atenção para complementar outras necessidades de desenvolvimento com atividades esportivas, exploração da natureza ao ar livre, arte, música e dança.

As crianças precisam aprender habilidades sociais e valores morais específicos para torná-las de fato humanas, apesar das tecnologias.

 

Referências

A influência da tecnologia na infância! Perigo ou incentivo? Psicologia Viva, 2019. Disponível em: <https://blog.psicologiaviva.com.br/tecnologia-na-infancia>. Acesso em: 14 abr 2021.

Como a tecnologia afeta o desenvolvimento das crianças. Neuro Conecte, 2021. Disponível em: <https://neuroconecte.com.br/como-a-tecnologia-afeta-o-desenvolvimento-das-criancas>. Acesso em: 13 abr 2021.

Cury, Augusto. O assassinato da infância. In Cury, Augusto. Ansiedade: como enfrentar o mal do século. São Paulo: Saraiva, 2014.

 

Cintya Abreu Haselmann

Educadora (Licenciatura em Ciências Biológicas) | Especializada em Formação de Professores | Pós-graduanda em Neurociências | Atuo há dez anos em sala de aula | Experiência em EJA | Criadora de Conteúdo Científico Digital @aneurocientista | Habilitada nas Ferramentas Google for Education | Desenvolvedora de materiais pedagógicos e Assessoria em Escolas e Empresas.

 

 

 

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