Trending News

Blog Post

Educação

Entrevista sobre o Teste de Desempenho Escolar 2ª Ed. (TDE-II) – Profª. Ms Marina Nery

1) Na prática, qual a importância desse teste na comunidade escolar?

O TDE II tem o propósito de avaliar as habilidades básicas de leitura, escrita e aritmética. Estas habilidades acadêmicas são o alicerce para o sucesso escolar. O prejuízo na aquisição destas pode ter consequências importantes tanto na trajetória acadêmica, quanto pessoal e profissional.

Os professores precisam estar atentos ao nível de proficiência da leitura, escrita e aritmética de cada aluno, sendo possível intervir adequadamente e de forma precoce quando algumas dificuldades são detectadas.

Prejuízos de aprendizagem são as queixas mais frequentes relacionadas à infância, e o sucesso acadêmico depende de uma série de fatores internos e externos à criança. Utilizar um instrumento que permite uma comparação com outras crianças brasileiras, cursando o mesmo ano escolar e diferenciando escolas públicas de particulares traz a possibilidade de analisar o desempenho da criança, compreendendo alguns processos que são responsáveis pelo baixo rendimento nestas habilidades.

O instrumento permite essa comparação além de direcionar para a análise qualitativa do tipo de erro que a criança apresenta, favorecendo bastante a proposta de intervenção

 

2) O que muda para o aluno e para o professor a partir do momento em que determinada dificuldade de aprendizagem for detectada pelo teste?

A importância de detectar precocemente é fundamental. Postergar uma intervenção por pensar equivocadamente que a dificuldade apresentada ainda é esperada em uma determinada série ou considerando que a criança ainda está em seu processo de desenvolvimento, só tende a atrasar e complicar seu percurso educacional e emocional.

Identificar um atraso permite uma mudança no processo de aprendizagem e as atividades serão direcionadas para suprir a demanda específica daquela criança.

Além do mais, o professor precisa ficar atento ao tipo de erro que a criança apresenta. A falha na escrita pode acontecer por diversos motivos. Por exemplo, ela pode errar na escrita por trocar letras de sons similares como “vaca” e “faca” ou por trocar letras decorrentes da irregularidade da língua como “composição” e “compozisão”.

Compreender o erro faz com que as intervenções também sejam direcionadas de forma mais personalizada para aquela criança, evitando perca de tempo com intervenções inadequadas.

Os erros fazem parte do processo de aprendizagem, e dependem também de um amadurecimento de áreas cerebrais. É importante conhecer qual tipo de erro é esperado para cada faixa etária e ano escolar, e esta comparação é possível ser feita através das tabelas fornecidas pelo instrumento, o que facilita a análise do educador.

Profª. Ms Marina Nery

 

3) O ideal é que todas as escolas públicas e privadas tivessem esse teste em mão?

Se isso for possível seria maravilhoso. Mapear as habilidades acadêmicas de todas as crianças permitindo a identificação precoce de qualquer dificuldade e possibilitando intervenções direcionadas, minimizaria grand1010elhor aproveitamento durante todo o percurso acadêmico, bem como no direcionamento profissional e pessoal.

 

4) Este é um teste padrão ouro. Comente a sua importância.

Um teste é analisado considerando sua qualidade em identificar as dificuldades ou a ausência delas. O teste definido como padrão ouro é aquele que tem baixa possibilidade de erro de medida e que serve como comparação por parte de outros testes que tem a finalidade de avaliar as mesmas habilidades. Normalmente as escolas já têm a sua avaliação para identificar o processo de aprendizagem de cada criança, mas são provas desenvolvidas por cada instituição e de acordo a critérios próprios. Somar a esta avaliação a testagem feita com um instrumento padrão ouro possibilita assegurar uma análise de desempenho escolar que identifique dificuldades reais comparadas com uma amostra de população de diversos estados. Ou seja, isso aumenta a exatidão da avaliação minimizando os erros e possibilitando intervenções mais assertivas.

Minicurrículo: Psicóloga; Especialista em Neuropsicologia; em Docência Superior e em Reabilitação Cognitiva; Mestre em Ciências do Comportamento – Neurociências pela UnB; Diretora de Ensino e Pesquisa do NEPNEURO; Coordenadora da pós graduação de Neuropsicologia e de Reabilitação Neuropsicológica do NEPNEURO e da DALMASS; Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, na gestão 2017-2019; Neuropsicóloga clínica há 18 anos, atuando na avaliação e reabilitação neuropsicológica.

Goiânia – GO

62 3624-9901

www.nepneuro.com.br

Posts relacionados

Deixe um comentário

Campos obrigatórios. *