Por, André Martin Marquez Ventura – Psicólogo, Logoterapeuta e Especialista em Psicologia Fenomenológica e Existencial.
Atuar no desenvolvimento de equipes conscientes, ativas e engajadas é algo mais do que necessário nos tempos atuais, é essencial. Além de um diferencial competitivo, estamos falando de alta performance para o alcance de melhores resultados para a organização.
O que uma empresa ganha promovendo o desenvolvimento dos líderes e equipes por meio da compreensão de seus perfis motivacionais e da sinergia entre seus membros? Ganha aumento significativo nos resultados, melhora no ambiente e clima organizacional, redução do turnover, melhora na dinâmica da equipe, diminuição dos conflitos interpessoais e maior integração com a cultura da empresa.
Como assim? Como obter esses resultados promovendo esse tipo de autoconhecimento?
Todos sabemos que equipes de alta performance são compostas de pessoas que trabalham de forma integrada. Mas como uma equipe pode trabalhar de forma integrada com membros com perfis psicológicos, motivações e aspirações diferentes?
Sabemos que todo bom líder deve conhecer sua equipe, a forma que trabalham e suas preferências. Mas não seria um interessante diferencial esses líderes saberem as reais forças motivadoras que justificam comportamentos e aspirações dos membros da sua equipe?
Definir e comunicar metas realistas e desafiadoras, compartilhar as estratégias, deixando o papel de cada um bem definido, são atitudes bem-vindas e corretas, porém não são suficientes para criar um clima de colaboração entre os membros da equipe. Como criar esse clima de colaboração sem identificar a fonte de possíveis conflitos entre eles?
Um dos segredos para uma equipe motivada é identificar, logo no processo seletivo, o candidato que tenha alinhamento com a cultura da empresa, uma capacidade cognitiva adequada, um perfil comportamental aderente e as habilidades técnicas necessárias para realizar a função (itens estes averiguados em dinâmicas de grupo, testagem psicológica, entrevistas etc.).
Contudo, considerando que é raro o funcionário ter acesso aos resultados da testagem psicológica, e conhecer profundamente, de forma estruturada e objetiva, suas motivações e seu perfil psicológico, ficará difícil motivar e promover atitudes, posturas assertivas e sinergia entre os membros da equipe, bem como na relação com a liderança.
Dar e receber feedback sempre foi e sempre será importante, agora imagine a qualidade e a assertividade desse processo considerando que o líder conheça a dinâmica psicológica de cada colaborador.
Não é suficiente formar uma boa equipe e esperar que ela, por si só, entregue excelentes resultados, devemos desafiá-la, dar estímulos constantes, para que deem o melhor de si – ok –, mas sabemos que o que motiva uma pessoa pode não motivar a outra, pois as pessoas são diferentes. O quão interessante seria o líder saber o que realmente estimula cada um de seus subordinados?
Desenvolver competências é algo importante, que ninguém questiona, porém, por mais importante e eficaz que seja, não terá um efeito profundo se não for feito de forma personalizada e individualizada, como é quando se promove o desenvolvimento pessoal por meio do autoconhecimento e da abertura de consciência para suas motivações psicológicas.
Você pode estar se perguntando: mas como implementar isso? Como esse processo se dá? E posso afirmar que é da forma mais simples possível.
O primeiro passo é a aplicar nos líderes, e membros das equipes, um instrumento psicológico adequado que possibilite a identificação dos fatores motivacionais e comportamentais das pessoas, que tenha sólida fundamentação teórica e seja, de preferência, reconhecido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Em seguida, com atividades como palestras, workshops, devolutivas individuais para os membros das equipes e para a liderança, com a participação de um Psicólogo treinado, promove-se o autoconhecimento e o autodesenvolvimento dos participantes por meio do aprofundamento nos fatores motivacionais da personalidade, na identificação dos ativadores e frenadores, na identificação do lado sombra e como ele impacta na produtividade e nos relacionamentos interpessoais.
Para a alta liderança, ou liderança direta, é possível conhecer o perfil do grupo e trabalhar estratégias para alto desempenho da equipe.
Dessa forma, a proposta é conhecer a dinâmica da equipe, explorar o perfil do grupo segundo os perfis de seus membros, identificar as tendências predominantes no grupo, assim como os aspectos heterogêneos, visualizar, em detalhes, as diferenças individuais, identificar a fonte de possíveis conflitos entre os membros das equipes, auxiliar no planejamento da distribuição das tarefas e/ou funções, trabalhar aspectos comportamentais, estilos de gestão, atitudes e posturas assertivas em relação aos fatores motivacionais.
Esse tipo de projeto pode ser aplicado tanto em pequenas quanto em grandes organizações, o tempo é relativamente curto, pode ser construído de forma personalizada, sem impactos na produtividade, podendo ou não ser feito de forma on-line.
As empresas, e seus respectivos líderes, devem ter a consciência de que só é possível alcançar excelentes resultados se houver investimentos não apenas em infraestrutura, clima organizacional e capacitação, mas também na identificação e satisfação das necessidades intrínsecas e motivacionais de seus colaboradores.
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