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Gratidão e a conexão com o propósito e a prosperidade

por Lucimar Delalori – Coach e mentora de líderes e profissionais de RHBP há mais de 30 anos; autora do livro Bora mudar uns mundos (editora Clube da Cultura), que trata da atuação de RHBP. Parceira da Vetor Editora Serviços.

Blocos de madeira formando 4 degraus e dedos indicador e médio simulando pernas subindo até o topo dos degraus.

Você trabalha num grupo multinacional, cuja matriz é fora do Brasil, e várias vezes recebe projetos para tropicalizar sem deixar de seguir as diretrizes da cultura lá do país onde a matriz está. Já viu isso?

Você e seu time se desdobram, tropicalizam e começam a cascatear as filiais e unidades. Há muitas etapas e prazos a serem cumpridos. O projeto é estratégico e o povo lá da matriz e a diretoria inteira está acompanhando de perto.

Você percebe algumas pessoas com alto nível de engajamento, de cooperação e que compram a missão. Elas apontam erros e dificuldades, que fazem parte de todo e qualquer projeto de alta complexidade e visibilidade. Mas a maneira como expõem as situações problemas e críticas é muito diferente de outras pessoas. Já percebeu?

Há pessoas que só veem o que falta, são excessivamente críticas e exigentes com o outro. Têm formatos na sua cabeça e pensam que o mundo – todo mundo – tem que rezar por sua cartilha. Essas pessoas são “pesadas”. Tudo com elas é difícil. Têm um mindset fixo de que erro é igual a fracasso, descuido, falta de atenção. Essas pessoas pensam que a gente nasce pronto e vai se perdendo ao longo da vida.

E há aquelas que são mais adaptativas, mais flexíveis, que sabem que nascemos imperfeitos, que estamos em curva de aprendizado e que dá pra ir melhorando ao longo do tempo. Elas têm uma crença positiva nos outros, na empresa e nos líderes.

Nestas pessoas, o otimismo, a perseverança, a resiliência, a esperança, a colaboração e a gratidão tendem a ser maiores. Sim, porque assim como uma “cadeia de elementos químicos” que se interligam, essas virtudes humanas também vão se potencializando e à medida que uma aumenta, vai puxando a outra e você vai se melhorando, se melhorando…

Então, que tal começarmos do começo?

  1. Pesquisadores vasculharam mais de 20 conceitos, religiões e tratados nas mais diversas culturas do mundo e chegaram ao conjunto de 24 forças, chamadas Forças de Caráter. Todos temos essas Forças e elas são nosso arsenal de enfrentamento das adversidades e recursos para aproveitarmos a vida. Tenha você consciência ou não, cultive ou não suas forças, elas estão aí ajudando você a ser quem é.
  2. Nós não somos vítimas da genética. Não somos só um amontoado de genes que reagem às circunstâncias da vida. Temos Vontade. Podemos construir e reconstruir nosso caráter e temperamento, mudar nossos padrões, por meio da VONTADE DILIGENTE E INTENCIONAL. Então, você pode sentar e “deixar a vida te levar” ou tratar de dedicar tempo e energia para aprender sobre si e tornar-se quem você deseja.
  3. Voltando às Forças, elas são 24 e são ligadas a oito virtudes que nos tornam melhores e mais capacitados para construir uma vida boa e com sentido, bem como ajudar a deixar o mundo um lugar melhor para filhos e netos.
  4. A Gratidão está ligada à virtude da TRANSCENDÊNCIA, que é uma capacidade de nos conectar com algo maior, uma força que nos dá sentido, significado, propósito. A Transcendência é composta da Gratidão, mas também da Esperança, da Espiritualidade, do Humor e da apreciação do Belo e da Excelência.
  5. A gratidão está num subgrupo de Forças da Felicidade – dando-nos mais satisfação com a vida, entusiasmo, amor, curiosidade e esperança.

 

Você acha que pessoas ou equipes excessivamente críticas, que se sentem mal em relação ao seu trabalho, que julgam que a empresa e seus chefes são ruins, desinteressados, que não se importam com elas, ou que as exploram, não valorizando seus esforços e empenhos, são pessoas que estão usando positivamente suas forças de Transcendência e a Gratidão?

Você acha que essas pessoas estão conectadas ao seu propósito, veem um sentido e um significado em seu trabalho?

A gratidão não está em ser saco de pancada, nem em achar tudo lindo, ou ainda não expressar descontentamento ou discordância. Também não se trata de sair por aí dizendo gratidão pra tudo, da boca pra fora.

A gratidão é um sentimento também, é um modo de olhar para a vida e reconhecer que a vida é o que é. As pessoas são o que são e a vida é no AGORA. Eu posso escolher como vou lidar com as adversidades que aparecem e ser grata pela oportunidade de escolher, de poder enxergar e corrigir o rumo das coisas, de poder aprender.

Ser grata por ter um trabalho e uma remuneração, mesmo quando o chefe não é lá a melhor coisa do mundo. Escolher como vou lidar com meu colega, podendo olhar para ele como uma oportunidade de não ser igual e de mostrar-lhe que há outras formas de se relacionar e levar a vida.

História: pessoa que não elogia, não cede a vez, não informa porque ninguém faz para ela.

Por fim, como você pode desenvolver a gratidão?

Quais são as pequenas coisas pelas quais pode ser grato?

Quem torna sua vida melhor e mais fácil?

Como a gratidão pode levá-lo a um propósito maior?

 

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