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Testes psicológicos e a saúde mental

por Ricardo Mattos

Desenho vetorial de duas pessoas, uma a esquerda e outra a direita, segurando um grande quebra-cabeças de quatro peças que forma uma silhueta de cabeça de perfil.

Como o uso de testes psicológicos pelas empresas pode auxiliar no cuidado com a saúde mental dos trabalhadores?

Antes mesmo da chegada da Covid-19 o mundo já vivia outra pandemia – de transtornos mentais. Há alguns anos a Organização Mundial da Saúde (OMS) antevia a depressão como doença mais incapacitante do mundo.

Alertava para o fato de que essa e outras doenças psiquiátricas poderiam causar prejuízos da ordem de trilhões à economia dos países devido à queda de produtividade, com custos pesando na folha de pagamento das empresas na forma de afastamentos prolongados, absenteísmo e alta rotatividade de funcionários, além de perda de rendimento daquele que está presente, mas com dificuldade de se concentrar, tomar decisões e completar tarefas.

Mais pessoas ficando doentes também representam alta na utilização do plano de saúde custeado pelo empregador.

Nos últimos quase dois anos, para além das dificuldades de adaptação ao trabalho remoto, que elevaram os níveis de estresse, ansiedade e burnout, muitas pessoas tiveram (e estão tendo) que lidar com o desafio da chamada covid longa, ou síndrome pós-covid, que afeta uma grande parcela daquelas que tiveram uma forma severa da doença e se curaram, mas ficaram com sequelas neurológicas e cognitivas como perda de memória, dificuldade de atenção, alterações no sono e fadiga, que impactam fortemente a saúde mental e a realização de diversas atividades, inclusive profissionais.

Diante do impacto de tantas e tão profundas transformações na vida, na rotina de trabalho e no bem-estar psicológico das pessoas, o cuidado com a saúde mental dos trabalhadores, que vinha sendo tratado como importante por gestores e área de recursos humanos das empresas, passou a ser urgente.

Testes psicológicos são ferramentas usadas há anos no contexto das organizações, principalmente como parte da avaliação de personalidade de candidatos em processos seletivos, assim como de empregados em programas internos de orientação e desenvolvimento de carreira.

Habilidades comportamentais como inteligência emocional, tolerância ao estresse e capacidade de atenção, por exemplo, são cada vez mais levadas em consideração pelos empregadores no momento de tomar decisões assertivas relacionadas à contratação, promoção ou movimentação de profissionais dentr

 

o da corporação – e podem ser avaliadas por meio de testes psicológicos.

Quando bem aplicados e interpretados, normalmente em conjunto com entrevista pessoal e outras formas de avaliação, os testes são instrumentos que ajudam a promover saúde mental na medida em que contribuem para potencializar habilidades, aumentar o engajamento e estimular o crescimento profissional.

Com isso, pode-se dizer que servem não somente à saúde das pessoas, como à dos negócios também.

Ricardo Mattos, CEO da Vetor EditoraPor Ricardo Mattos, CEO da Vetor Editora. Executivo com larga experiência na área editorial, com passagens pelo Grupo Estado, Editora Abril e pela canadense Thomson Reuters. É formado em Contabilidade na UNICID, Finanças e Operação pela FAAP, Liderança e Tecnologia pela Thomson Reuters University e se especializou em Desenvolvimento de Conselheiros, na Fundação Dom Cabral.

 


 

Originalmente publicado em 23/01/2022 no site RH Pra Você:

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