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Mindfulness – uma prática para a vida

Um jovem com cabelos claros e ondulados está em um espaço ao ar livre, vestindo uma camiseta amarela, com o rosto levemente inclinado para cima e os olhos fechados. A expressão é serena, transmitindo calma e contemplação, enquanto parece aproveitar o momento presente. Ao fundo, há um gramado verde desfocado, com leves pontos de luz que sugerem o brilho suave do sol. A composição transmite paz e conexão com a natureza, alinhada aos princípios de mindfulness e presença plena.

Mindfulness – uma prática para a vida

Quando ouvimos o termo mindfulness, a primeira imagem que vem à cabeça, na maioria das vezes, é a de uma pessoa em estado contemplativo ou meditando. Acredito que seja por conta de como foi retratada ao longo dos anos em filmes e de onde a prática surgiu, principalmente, nas religiões orientais (mas, também, nas ocidentais, quando é necessário que a atenção plena do indivíduo esteja focada na oração ou ação proposta no momento). Essa é, tradicionalmente, conhecida como a origem da mindfulness.

A prática passa a ser estudada pela psicologia e neurociência em 1979 e é introduzida, de maneira científica, dentro da área da psicologia positiva.

Foi pelas investidas do médico psiquiatra e professor (…) Jon Zakat-Zinn, e que tinha o hábito de praticar a meditação zen budista na vida pessoal, que a técnica foi trazida ao estudo científico e aplicada em um grupo de pacientes no Hospital Universitário da Escola de Medicina da Universidade de Massachusetts, em 1979. (Rizzi, Costa e Dumond, 2018).

O estudo desenvolvido por Zakat-Zinn obteve resultados que possibilitaram a incorporação por outros hospitais e clínicas no Estados Unidos. No Brasil, já existem programas que desenvolvem a mindfulness no Sistema Único de Saúde (SUS) E, em 2016, foi fundado o Centro de Psicologia Positiva e Mindfulness do Paraná. (Rizzi, Costa e Dumond, 2018, p. 13)

Nas décadas posteriores, o conceito de atenção plena se espalhou pelo mundo ocidental, deixando as religiões de lado e se inserindo no dia a dia da psicologia, em suas diferentes áreas de aplicação.

Rizzi, Costa e Dumond citam Salzman quando afirmam que:

Nas escolas, em casa, de maneira individual ou coletiva, o desenvolvimento da atenção plena em crianças amplia a capacidade de concentração, atenção e desempenho cognitivo, diminuição da ansiedade, melhores resposta à depressão, promoção da aceitação pessoal e interação social das crianças (Salzman, 2014).

Dentro desse tema, a Vetor Editora lançou, no ano de 2018, o livro “Mindfulness para crianças – Um guia para pais, psicoterapeutas e educadores”. O livro busca desenvolver técnicas nas diferentes áreas da mindfulness – práticas respiratórias, atenção ao outro, atenção da consciência interior (…) – voltado para desenvolvimento pleno do indivíduo, neste caso, em crianças a partir dos 5 anos.

Rizzi, Costa e Dumond (2018, p. 11) afirmam que “o termo em inglês mindfulness é uma técnica que integra mente e corpo, e que proporciona uma mudança no modo de ser”, embora as autoras deixem claro que o livro não tem objetivo de formar profissionais.

O livro apresenta dezenas de métodos, divididos em exercícios e técnicas complementares, que vão trabalhar práticas respiratórias, alimentação consciente, atenção e ampliação da consciência interior e exterior, percepção dos fatores que geram estresse e ansiedade, atenção ao outro e percepção e vivência do aqui e agora.

Mindfulness para crianças: um guia para pais, psicoterapeutas e educadoresMesmo que o livro não tenha o objetivo de formar profissionais de mindfulness, é importante que pais, professores e profissionais da psicologia tenham prática nas técnicas que vão ser aplicadas nas crianças e que, principalmente, percebam na criança a vontade, ou não, de praticar determinado exercício.

A princípio, algumas práticas podem parecer brincadeiras até estranhar as crianças. Por isso, elas devem ser lúdicas e de curta duração para que a criança de sinta confortável e queira praticar. Seja em casa, na terapia ou na sala de aula.

Rizzi, Costa e Dumond, citando Germer, Siegel e Fulton (2016), afirmam que:

Por intermédio das práticas de meditação e atenção plena, as crianças aprendem a ser mais cooperativas e gentis umas com as outras, por meio do desenvolvimento de empatia e compaixão estabelecem também maior confiança e segunda em si mesmas, lapidando sua autoestima.

O livro, de acordo com as próprias autoras, tem o objetivo de despertar curiosidade nos adultos, responsáveis em algum momento por essas crianças (sejam pais, cuidadores, terapeutas ou professores), aos benefícios que as técnicas terão ao longo do desenvolvimento emocional, social e pessoal das crianças.

Referência

Rizzi, A. C., Costa, A., Dumond, S. (2018). Mindfulness para crianças – Um guia para pais, psicoterapeutas e educadores (2ª ed.). Vetor Editora.

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