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Qualidades psicológicas positivas nas organizações

Resenha do livro Qualidades Psicológicas Positivas nas Organizações: desenvolvimento, mensuração e gestão.

Qualidades psicológicas positivas nas organizações: desenvolvimento, mensuração e gestão, organizado por Narbal Silva e Thaís C. Farsen, e publicado pela Vetor Editora teve por objetivo esclarecer como as qualidades psicológicas baseadas na Psicologia Positiva podem ser aplicadas nas organizações.

O livro aborda cada uma das etapas desse processo em 21 capítulos. Dividido em cinco partes, segue uma ordem lógica na compreensão da temática.

 

PRIMEIRA PARTE

Na primeira parte, O início da jornada, encontram-se três capítulos. O primeiro deles, As bases conceituais e epistemológicas da psicologia positiva, de Narbal Silva, Aline Bogoni Costa e Cristiane Budde, versa sobre as bases teóricas que estão sustentadas na Psicologia Positiva e sua visão de homem e de mundo.

Em Uma visão sistêmica do comportamento organizacional positivo (COP), Narbal Silva, Clarissa Socal Cervo e Amilton Bento relatam as diferenças entre comportamento organizacional e as novas práticas do comportamento organizacional positivo. Em seguida, definem o conceito de capital psicológico e seus quatro construtos.

desenvolvimento, mensuração e gestão

No último capítulo dessa parte, Introdução ao capital psicológico: compreensões fundamentais, benefícios e desafios futuros, de Thaís C. Farsen e Cristiane Budde, são aprofundados o conceito de capital psicológico, capital humano e capital social e suas distinções entre referenciais, ênfases, operacionalizações e mecanismos de gestão de cada conceito.

 

SEGUNDA PARTE

A parte 2, O capital psicológico: componentes fundamentais, é composta por quatro capítulos. A autoeficácia: acreditar é preciso, mas fazer é primordial, de Maiana Farias Oliveira Nunes e Tiago Fernandes Oliveira, é o primeiro deles e aborda o conceito da autoeficácia como o primeiro construto do capital psicológico, além de citar formas de desenvolvimento e gestão desse componente nas organizações.

Esperança: vivendo o presente, mas “olhando” para o futuro, de Hellen Cristine Geremia, Ana Elisa Segato Silveira, Amanda Isabela Nórcio Scapini e Samantha de Toledo Martins Boehs, apresenta a esperança como o segundo construto do capital psicológico, sua conceituação, distinção de fenômenos similares e formas de mensuração.

No sexto capítulo, Otimismo: o foco no lado ótimo da vida, de Andressa Darosci Ribeiro, Narbal Silva e Cristiane Budde é discutido o conceito de otimismo como o terceiro construto do capital psicológico, diferenciando-o de conceituações acadêmicas e científicas.

Intitulado Resiliência: aprendendo a lidar positivamente com as adversidades, o último capítulo da segunda parte, escrito por Thaís C. Farsen, Amanda Isabela Nórcio Scapini, Samara Meinchein Furlanetto e Aline Bogoni Costa, apresenta a resiliência como o quarto e último conceito que define o capital psicológico como um construto multidimensional.

As autoras também mostram sua aplicabilidade no contexto organizacional e suas formas de gestão e mensuração.

 

TERCEIRA PARTE

A parte 3 do livro, O capital psicológico pode e deve ser aprendido: compartilhando experiências, compreende três capítulos. O capítulo inaugural, A mensuração do capital psicológico: aspectos teóricos e resultados práticos, de Thaís C. Farsen, Hellen Cristine Geremia e Micheline Roat Bastianello, retoma os quatro construtos do capital psicológico, e além disso, os autores tratam de sua interpretação como um construto multidimensional.

Por fim, indicam alguns instrumentos para a mensuração dos quatro construtos (autoeficácia, esperança, otimismo e resiliência) de forma integrada.

De Narbal Silva, Amanda Isabela Nórcio Scapini, Joana Soares Cugnier e Thaís C. Farsen, o nono capítulo, A construção de um programa de educação/desenvolvimento continuado: dando sentido e “vida” aos conceitos, ressalta a importância de um programa de educação ao longo da vida.

Além disso, os autores orientam como desenvolver um programa de educação nas organizações baseado no capital psicológico, oferecendo diretrizes para cada encontro.

O décimo capítulo, As organizações saudáveis: o capital psicológico como um dos fundamentos norteadores de intervenções positivas nas organizações, de Isabel Maria Martínez, Susana Llores Gumbau, Joana Soares Cugnier e Cristiane Budde, aponta a importância de se desenvolver uma organização saudável baseada na definição e no plano de ação da Organização Mundial da Saúde (OMS), e as correlações entre o capital psicológico e um modelo de organização saudável.

A quarta parte do livro, intitulada “Indo além do capital psicológico”: transcendendo para as qualidades psicológicas positivas, inicia-se com o capítulo Autoconhecimento: o que precisamos para nos conhecermos melhor?, de Samantha de Toledo Martins Boehs e Ana Elisa Segato Silveira. Nele é explicado como o autoconhecimento tem influência em nossas decisões e nos papéis que exercemos nos diversos ciclos da vida.

De Amilton Bento e Narbal Silva, o capítulo 12, O comportamento proativo: em foco, o papel ativo das pessoas, retrata como foi desenvolvido historicamente o tema, descreve as dimensões que o comportamento proativo é composto e revela algumas maneiras de mensurá-lo.

O capítulo seguinte, Criatividade: uma qualidade psicológica necessária para inovar, de Amanda Isabela Nórcio Scapini, Samara Meinchein Furlanetto e Hellen Cristine Geremia, versa sobre a compreensão da criatividade e discorre sobre as diferenças relacionadas ao termo inovação. Além disso, as autoras afirmam que atualmente a criatividade tem se tornado um elemento-chave nas organizações.

Em As relações de ajuda: valorizando e desenvolvendo a capacidade de dar e receber ajuda autêntica, Narbal Silva, Ana Elisa Segato Silveira e Silvana Dini buscam explanar o significado das relações de ajuda, as possibilidades de desenvolver esse comportamento com exercícios de reflexão e modelos de ajuda como a Consultoria de Processos.

O poder do ato de agradecer: concepções sobre a gratidão e como praticá-la, de Andressa Darosci Silva Ribeiro e Thaís C. Farsen, aborda sobre a compreensão da gratidão, exemplificando práticas para vivenciá-la com dinâmicas e instrumentos para avaliação.

No décimo sexto capítulo, Quando o trabalho tem sentido, o tempo poderá ser um mero detalhe: falando sobre flow, Andressa Darosci Silva Ribeiro, Suzana da Rosa Tolfo e Narbal Silva discutem sobre flow como um estado emocional positivo, suas dimensões e implicações com o sentido no trabalho. Por fim, são trazidos exemplos de instrumentos visando à mensuração do flow.

Narbal Silva e Thaís C. Farsen, em A inteligência emocional: o desafio de equilibrar razão e emoção, discorrem sobre a etimologia das palavras inteligência e emoção, e como a inteligência emocional pode contribuir na busca pelo equilíbrio entre razão e emoção por meio de suas quatro dimensões.

No capítulo 18, A construção da empatia: compreendendo o(a) outro(a) a partir da concepção dele(a), de Narbal Silva, Amanda Isabela Nórcio Scapini e Ana Elisa Segato Silveira apontam que a empatia não é algo inato e que pode ser aprendida e desenvolvida.

Também relatam sobre a necessidade de vivenciá-la nas organizações para evitar comportamentos de psicopatia ou sociopatia e os cinco componentes da empatia. Por fim, exemplificam práticas para a vivência dessa qualidade psicológica.

No último capítulo dessa parte, Em busca da autorrealização: o desafio de se tornar o que ainda não se é, de Narbal Silva, Hellen Cristine Geremia e Amanda I. N. Scapini, discutem-se as bases da autorrealização, apresentando os teóricos Viktor Frankl e Abraham Maslow. Além disso, apontam que pessoas realizadas são mais criativas e demonstram algumas formas de mensurar os componentes que compõem a autorrealização.

A quinta e última parte, denominada A jornada não acaba aqui, é composta por dois capítulos. O capítulo inicial, As contribuições do capital psicológico (PsyCap) na construção da felicidade nas organizações, de Andressa Darosci Silva Ribeiro, Narbal Silva, Thaís C. Farsen e Cristiane Budde, retrata a importância de desenvolver os componentes do capital psicológico nas organizações a fim de proporcionar e atingir a felicidade dos funcionários no ambiente de trabalho. Também ressaltam por meio de pesquisas como os componentes do PsyCap têm influência positiva na felicidade no trabalho.

 

ÚLTIMO CAPÍTULO

No último capítulo, As grandes descobertas: interfaces entre conceitos e sentidos aplicados, Thaís Cristine Farsen e Narbal Silva defendem a psicologia positiva como uma base teórica verídica e científica, fazem uma menção sobre as motivações que os levaram a produzir o livro e concluem ressaltando de modo geral a relevância de cada conteúdo apresentado nos capítulos para as organizações e para as pessoas no geral.

Uma característica relevante do livro está na presença, no início de cada capítulo, os objetivos de aprendizagem que o leitor estará apto a alcançar ao fim da leitura do texto. Ao fim de cada capítulo, também existe uma síntese do tema abordado, facilitando sua compreensão.

Os diversos recursos utilizados pelos autores, como gráficos, imagens, figuras e tabelas, facilitam a leitura e compreensão do conteúdo do livro.

O fato de compartilharem vivências e formas de mensuração das qualidades psicológicas em diversos capítulos torna o livro uma excelente ferramenta de apoio à prática do desenvolvimento dessas qualidades nas organizações e em outros âmbitos da vida.

De modo geral, o livro apresenta um conteúdo atual, claro e relevante para o leitor interessado em psicologia positiva, e pode ser muito útil para profissionais que atuam na área de Psicologia Organizacional e do Trabalho, que buscam temas para enriquecer sua prática profissional.

Esta obra também pode ser sugerida a profissionais que trabalhem em organizações e desejem se desenvolver e gerenciar sua carreira.

Resenha escrita por Rafael Silva Flores

Psicólogo clínico e aprimorando pela Universidade São Judas Tadeu, pós-graduando em Logoterapia Aplicada à Educação pelo IECVF/Centro Universitário Claretiano.

 

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