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Relações interpessoais no ciclo vital

Resenha, Relações interpessoais no ciclo vital: conceitos e contextos.

Relações interpessoais no ciclo vital: conceitos e contextos, organizado por Manoel Antônio dos Santos, Daniel Bartholomeu e José Maria Montiel e publicado pela Vetor Editora, aborda alguns dos principais problemas que envolvem diferentes aspectos do relacionamento interpessoal em cada etapa da vida.

A obra contém 28 capítulos, divididos em quatro partes, e conta com a participação de mais 68 pesquisadores com experiências voltadas ao estudo das relações interpessoais. Sua estrutura foi organizada e desenvolvida com vistas a apresentar uma síntese das teorias contemporâneas sobre o tema.

PRIMEIRA PARTE

Iniciando a primeira parte, o capítulo, As bases das relações afetivas nos primeiros anos de vida: a relevância dos cuidados parentais, de Mauro Vieira, Maria Crepaldi, Beatriz Schmidt, Carina Bossardi, Carolina de Souza, Laurem Gomes, Mariana Backes e Rovana Bueno, aponta a importância de uma vivência afetiva e positiva sólida e consistente nos anos iniciais de vida. Além disso, promove a compreensão acerca dos fatores parentais que facilitam o desenvolvimento da criança.

No segundo capítulo, A criança e a família nos primeiros anos de vida e o desenvolvimento dos laços sociais, Maria Isabel da Silva Leme discute a respeito das relações que se formam entre a criança e a família na infância. Por meio deste capítulo o leitor tem a possibilidade de identificar os impactos que as relações constituídas nos primeiros anos de vidas terão a curto e médio prazo no estabelecimento de vínculos com familiares e pares.

relações interpessoais

Em seguida, Nathalia Teixeira Caldas Gomes, Carine Valéria Mendes dos Santos e Isabel Cristina Gomes, em Cuidado parental igualitário: modelo de relação pais-bebê no contemporâneo?, abordam a importância determinante que as primeiras relações pais/bebês têm no processo de subjetivação e como modelo das relações interpessoais futuras e ressaltam a amplitude do termo “cuidado igualitário”, que não limita o parentesco ao biológico.

No capítulo seguinte, Múltiplas relações envolvidas na entrada e permanência da criança na escola: interação família-escola-estudante entrevista no contexto organizacional, de Lúcia Vaz de Campos Moreira e Patrícia Carla Silva do Vale Zucoloto, constatam-se a necessidade de investimentos na formação do pedagogo/professor e a importância do empenho da família, da escola e do estudante para um bom rendimento escolar.

Em As relações criança-família-escola nas transições de ingresso e de saída da educação infantil, Maria Crepaldi, Mauro Luís Vieira, Beatriz Schmidt, Carina Bossardi, Carolina de Souza, Lauren Gomes, Mariana Backes e Rovana Bueno situam o leitor quanto aos atores participantes dos processos de transição das crianças na transição da educação. Esse capítulo possibilita compreender as variáveis envolvidas no antes, durante e depois de tais processos.

O sexto capítulo, A criança nos primeiros anos do Ensino Fundamental: como lidar com as dificuldades, de Edna Maria Marturano e Luciana Carla dos Santos Elias, trata das relações interpessoais na família, do ajustamento psicossocial na escola e das estratégias de capacitação para que as crianças possam lidar com os desafios do contexto escolar.

Em Cuidados maternos na primeira infância e sua relação com a delinquência, Milene Luchiari, Giovana Bertagna, Mirian Pieroni, Maria de Fátima Xavier e Marjorie da Silva encerram a primeira parte da obra com a apresentação de uma pesquisa realizada com mães que, a partir de uma entrevista semiestruturada, objetivou estabelecer a relação entre os cuidados maternos na primeira infância e o comportamento delinquente.

SEGUNDA PARTE

Lídia S. Rocha de Macedo e Tania Mara Sperb iniciam a segunda parte do livro com Relacionamento interpessoais na pré-adolescência, abordando os paradigmas dos relacionamentos interpessoais na pré-adolescência, o corpo e o autoconceito, a competência emocional e os modelos de intervenção que visam ao desenvolvimento dos adolescentes no que concerne as relações que desenvolve nesta etapa da vida.

O décimo capítulo, Os adolescentes em seus diferentes contextos desenvolvimentais: família, escola, grupo de pares, de Milady da Silva Oliveira, Clarissa de Antoni e Silvia Koller, destaca que as relações de amizade, a escola e família podem ser vistas como fator e contexto de proteção ou risco e indicam ao leitor que a qualidade das relações é fundamental para o curso desenvolvimental dos adolescentes.

Em seguida, Jeane Lessinger Borges e Débora Dalbosco Dell’Aglio, em Violência nas relações afetivo-sexuais na adolescência, discorrem sobre a temática da violência nas relações amorosas na adolescência.

Para tal, as autoras situam o leitor quanto à conceituação e prevalência da violência, variáveis associadas ao fenômeno e as consequências da violência nas relações afetivo-sexuais na adolescência.

No 11º capítulo, Rede social, a qualidade da amizade e prevenção à violência entre parceiros amorosos na adolescência: da teoria à prática, de Karine Brito dos Santos e Sheila Giardini Murta, são abordadas as interações entre as relações de amizade e de namoro do ponto de vista conceitual e prático.

Sandra Cristina Pillon, Natália Priolli Jora e Denis Moreira da Silva, em Adolescência, vulnerabilidade psicossocial e os transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, apresentam dados epidemiológicos dos problemas relacionados ao uso de substâncias psicoativas na adolescência, questões relacionadas à vulnerabilidade e aos transtornos psiquiátricos.

Além disso, os autores indicam aspectos importantes a serem considerados no tratamento e prognóstico de adolescentes.

O capítulo Preparação para o trabalho no contexto escolar com foco nas relações interpessoais: a contribuição da Educação para a Carreira, Izildinha Munhoz e Manoel Antônio dos Santos versam sobre a importância da inserção de objetivos que visem diretamente à promoção do desenvolvimento interpessoal no currículo escolar.

A segunda parte da obra é concluída com o capítulo Relação professor-aluno e os processos de aprendizagem: possibilidades de integração.

Os autores Marjorie da Silva, José Maria Montiel, Daniel Bartholomeu, Ygor Patti, Karina da Costa e Marina Santos, avaliam como sendo fundamental o vínculo entre professor e alunos nos processos de aprendizagem e apresentam os fatores associados ao estabelecimento dessas relações.

 

TERCEIRA PARTE

Ana Carolina Braz, Catarina Malcher Teixeira e Zilda Aparecida Pereira Del Prette, em Habilidades sociais no desenvolvimento do adulto: o saudável e o patológico nas relações interpessoais, iniciam a terceira parte, esclarecendo ao leitor o impacto que déficits no repertório de habilidade sociais causam na saúde mental ao longo do ciclo de vida de indivíduos em geral.

No capítulo seguinte, Contradições e tensões na convivência entre pais e filhos adultos coabitantes, Celia Regina Henriques e Terezinha Féres-Carneiro abordam o prolongamento da convivência familiar e suas possíveis consequências para pais e filhos.

A seguir, Adriana Wagner e Marina Zanella Delatorre, em A conjugalidade e suas transformações nos diferentes estágios do Ciclo Vital, refletem a respeito das variáveis que influenciam como os relacionamentos se desenvolvem, se transformam e se mantêm.

Em Homens e mulheres diante da parentalidade: para além das questões de gênero, Andrea Seixas Magalhães e Rebeca Nonato Machado discutem a parentalidade e suas implicações no que diz respeito às questões de gênero em diferentes configurações familiares. Ressaltam, ainda, importância de elementos da psicodinâmica familiar, como os vínculos familiares, as identificações e as influências da conjugalidade na constituição da parentalidade.

O capítulo Transição para a parentalidade e desenvolvimento psicológico: aspectos conceituais, de Cleber Aló de Moraes, Michele Aching, Manoel Antônio dos Santos e Tania Marques Granato, trata da transição para a maternidade e para a paternidade e das questões associadas a parentalidade contemporânea.

Em Impacto do estilo de vida sobre as condições de saúde do adulto, Sônia Fiorim Enumo, Maria Martins Linhares, Wagner Machado e Andressa Becker da Silva analisam como a Psicologia pode contribuir para a saúde mental dos indivíduos por meio de intervenções e de programas na comunidade.

Raquel de Freitas Banuth e Manoel Antônio dos Santos, no capítulo Em toda a vida tem duas vidas: assunção pública da homossexualidade e seu impacto nas relações interpessoais, discutem o papel do psicólogo no processo de assunção à homossexualidade e pontuam que essa atuação extrapola o setting.

Para finalizar a terceira parte, a partir do capítulo Redes sociais e sociometria: conceitos, investigações sobre o comportamento social do adulto e seu impacto no grupo, de Daniel Bartholomeu, José Maria Montiel, Fernando Pessotto, Gleiber Couto e João Carlos Caselli Messias, é disponibilizado ao leitor um panorama geral a respeito das relações entre sociometria e análise de redes sociais.

ÚLTIMA PARTE – Livro Relações interpessoais no ciclo vital

A última parte da obra inicia-se com Relações interpessoais nos quadros demenciais, de Elodie Bertrand, J. Landeira-Fernandez e Daniel Mograbi, em que são abordadas questões relacionadas ao título do texto com vistas a contribuir para uma melhora na qualidade de vida de pessoas com demência e de seus familiares.

Lilian Regiane de Souza Costa e Manoel Antônio dos Santos, em Cuidado paterno e relações familiares no enfrentamento da anorexia e bulimia, motivados pela experiência empírica, apresentam dados relacionados a uma investigação acerca do cuidado paterno e das relações familiares no enfrentamento da anorexia e bulimia.

Em seguida, os autores Adriana Inocenti Miasso, Kelly Graziani Giacchero Vedana, Jacqueline de Souza, Ana Carolina Guidorizzi Zanetti, Sandra Cristina Pillon e Manoel Antônio dos Santos, no capítulo Configuração das relações interpessoais e a depressão, dissertam sobre aspectos inerentes ao impacto da depressão nas relações, ao apoio social necessário para o enfrentamento desse transtorno mental, bem como sobre as implicações para a assistência aos pacientes.

No capítulo seguinte, Impacto da exposição à pornografia no desenvolvimento das relações interpessoais, Pedro Ernesto Rodrigues Maçaranduba e Manoel Antônio dos Santos articulam sobre a representação sexual na sociedade apresentando dados contemporâneos relativos ao assunto.

Maria Julia Kovács, em Velhice: enfrentamento das perdas e educação para a morte, discorre sobre o processo de envelhecimento e as repercussões que efluem deste processo na vida das pessoas, propondo a ampliação do escopo da educação para a morte na sociedade.

Em conclusão à obra, Luto: um breve panorama teórico, de Ludymilla Zacarias Martins Gonzaga e Rodrigo Sanches Peres, retrata um breve panorama teórico sobre o luto, indicando as fases do luto e do processo de morrer. Ainda, os autores pormenorizam o Modelo do Processo Dual, criado pelos psicólogos Margaret S. Stroebe e Henk Schut.

O livro Relações interpessoais no ciclo vital: conceitos e contextos reúne um número expressivo de informações atuais no tocante às relações interpessoais no decorrer do ciclo vital. Desse modo, a obra apresenta uma ampla abrangência aos profissionais que visam compreender os diferentes aspectos do relacionamento interpessoal e como as questões concernentes ao assunto devem ser abordadas e solucionadas no decurso do desenvolvimento.

 

Resenha escrita por Ariana Simão Vieira

Psicóloga pela PUC-Campinas, psicóloga clínica de referencial teórico junguiano, pós-graduada em Psicologia Jurídica pela Cândido Mendes, especialista no Trabalho com Infância e Violência Doméstica contra Criança e Adolescente pela Unisal.

 

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