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Sobre o Setembro Amarelo em 2020

Close-up de mãos delicadamente segurando uma pequena fita amarela que representa a campanha do setembro amarelo

Vivemos um novo momento no país e no mundo, e nunca foi tão necessário pensar e discutir e, sobretudo, cuidar da nossa saúde mental, que em tempos de pandemia se torna tão necessário e urgente. Precisamos pensar em soluções e manejos para lidar com essa nova condição tão delicada que estamos vivendo, diante de tantas incertezas e ansiedades, com aumento significativo do estresse e maior instabilidade econômica e emocional.

Sabemos que o suicídio é algo multifatorial e, por isso, precisamos compreender além do “ato suicida” e nos atentar que o cuidado da saúde mental é imprescindível para que possamos dar conta desse fenômeno que é, sem dúvida, um problema de saúde pública e de muita urgência.

Já sabemos que falar sobre suicídio é fundamental, mas precisamos focar na necessidade de aumentar a consciência da população sobre tudo que envolve o suicídio, desde a prevenção até a posvenção, que é o cuidado de todos que estão envolvidos nesse evento, os que chamamos de “sobreviventes”, os enlutados pelo suicídio.

Precisamos quebrar tabus, acolher com sensibilidade cada pessoa envolvida, promover saúde mental para que isso não se repita, e principalmente cuidar para que outras pessoas não precisem recorrer ao suicídio como forma de solução de um problema, mas poder cuidar efetivamente da saúde mental de cada um para que isso não mais ocorra.

O Setembro Amarelo com certeza é um grande disparador, porém mais do que nunca precisamos falar sobre suicídio de forma segura e eficaz, o ano todo e em vários momentos e não somente no mês de setembro, para que assim possamos promover uma política de cuidado e prevenção dia após dia.

Temos infelizmente muito mais fatores de risco do que proteção quando falamos de suicídio e também sabemos que as doenças mentais estão presentes em mais de 90% dos suicídios, assim, cuidar da saúde mental é exatamente necessária e urgente, e a compreensão da saúde mental faz parte do cuidado sempre.

O suicídio causa graves repercussões e problemas nas famílias atingidas e na sociedade como um todo. A cada suicídio que acontece, cerca de cinco pessoas são profundamente impactadas, e é uma das dez principais causas de morte no mundo, sendo a segunda em jovens entre 15 e 29 anos de idade.

O suicídio é causado por vários fatores, em que precisamos considerar o sofrimento causado pela doença mental (psiquiátrica), que, aliado a outros fatores, pode levar a pessoa a pensar em morrer por suicídio.

Por isso, identificar pessoas sob risco de suicídio e facilitar a elas um tratamento adequado, como no caso por exemplo da depressão, é algo que todos podemos fazer. Além de pressionar o poder público para criar estratégias de prevenção por meio dos serviços de saúde mental que precisam ser disponibilizados à população.

 

Edimar Otavio Batista da Costa – Psicólogo CRP 06/92.777

Especialista em Terapia de Casal e Família;
Especialista em Psicologia Hospitalar;
Especializando em: Suicidologia, Luto e Processos Autodestrutivos e Especializando em Terapia Sexual.

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