por Anna Maria Buccino – Administradora de empresas, consultora, especialista em Psicologia Positiva, gerente das áreas comercial e de serviços na Vetor Editora Psicopedagógica.
Estamos na era da Quarta Revolução Industrial, a chamada Revolução da Tecnologia, em que as transformações e mudanças acontecem numa velocidade muito rápida, exigindo das empresas estratégias e tomadas de decisões cada vez mais dinâmicas.
Os serviços repetitivos e operacionais vão sendo transferidos para plataformas e sistemas inteligentes, capazes de realizar atividades antes executadas por seres humanos, e abrindo mais tempo e espaço para serviços complexos, onde o fator humano seja aproveitado de maneira mais elaborada.
Todas essas mudanças mexem diretamente na estrutura da organização, o que requer uma orientação mais para o fator humano, focando no desenvolvimento de melhores práticas que gerem maior engajamento, motivação, satisfação, aumento da produtividade e maior criatividade.
Um dos caminhos para aperfeiçoar esse movimento e aprimorar o desempenho estratégico é a realização da pesquisa de clima organizacional.
Com o objetivo de realizar um diagnóstico completo da empresa, a pesquisa de clima permite identificar os pontos carentes de atenção, do ponto de vista dos colaboradores. Ou seja, como os colaboradores percebem e sentem a organização. É a identificação da “personalidade” da organização.
Independentemente do tamanho ou segmento de mercado, a realização da pesquisa é fundamental para garantir que seus funcionários trabalhem em um ambiente agradável, que evoluam positivamente e estejam alinhados com a cultura e expectativas da companhia.
A riqueza dessa atividade está justamente no fato de trazer para o protagonismo os colaboradores, que trazem a percepção individual e de grupo. É uma oportunidade de dar voz a quem está no dia a dia da organização.
Por isso, uma pesquisa de clima completa envolve a alta direção, que deve ser o ponto de partida para que seja bem-sucedida, uma vez que é de lá que virá o direcionamento para que os diversos locais da empresa entrem abertamente no processo. E para que isso aconteça é preciso ter, a saber: Planejamento e estruturação do projeto, com papéis bem definidos, cronograma de atividades e prazos determinados; além de estabelecer como os resultados serão divulgados para a organização como um todo, para o corpo gerencial e para a alta direção.
Comunicação assertiva, para que todos os colaboradores se sintam convidados e pertencentes ao projeto, entendendo a importância da participação engajada; aqui podem ser realizados encontros pré e pós-coleta de dados. Escolha de uma ferramenta adequada, com estudos atualizados e de fácil aplicação, que seja enxuta, trazendo os aspectos realmente relevantes.
Confidencialidade e sigilo das respostas coletadas, para que os colaboradores se sintam seguros em responder abertamente ao questionário. E, acima de tudo, intervenções que serão realizadas após a análise das respostas coletadas.
Neste sentido, são muitos os benefícios de uma pesquisa de clima bem estruturada e bem planejada. A organização entenderá a percepção de seus colaboradores com relação à liderança; como os colaboradores estão aderentes aos planos e projetos; como está o nível de motivação e engajamento das pessoas e das equipes. Além de tudo isso, é uma ferramenta que traz ganhos financeiros para a organização, uma vez que traz a oportunidade de olhar para os pontos de melhoria e atuar para que sejam corrigidos.