Por Alessandra Pinatti Kinjo
A obra Medo de dirigir, de Cristiane Luise Cordal Süffert e Yone Xavier Felipe da Fonseca aborda de forma objetiva relatos de pacientes com medo de dirigir. Neste interim, também aborda técnicas baseadas na terapia cognitivo-comportamental que possam ajudar na atuação desse psicólogo.
Assim, dividido em seis capítulos, o livro descreve um pouco dessas técnicas e dados científicos e técnicos que fundamentam a prática do psicólogo.
PRIMEIRO CAPÍTULO
Com efeito, o primeiro capítulo “Terapia cognitivo-comportamental e o medo de dirigir” relata algumas histórias de pacientes com esse medo. A terapia cognitivo-comportamental aborda essa problemática.
O medo de dirigir está ligado basicamente a três crenças: ser aceito, aceitar-se como motorista e ter competência para dirigir.
Dessa forma, essas histórias ajudam o psicólogo a identificar aspectos culturais e crenças pessoais envolvidas para que possa desenvolver técnicas de enfrentamento dessa situação.
O capítulo seguinte, Técnicas comportamentais, descreve algumas técnicas que podem ser usadas no tratamento da fobia de trânsito. Essas técnicas se caracterizam principalmente por funcionar como um modo de provocar iniciativa de exposição e de enfrentamento ao tema.
Desse modo, é necessário o trabalho de relaxamento e respiração para o controle da ansiedade. Também se pode usar exercício de alongamento para aliviar a tensão.
Na sequência, o capítulo Técnicas cognitivas, aborda o uso de técnicas, para o terapeuta utilizar primeiramente o levantamento de crenças disfuncionais e aspectos culturais relacionados ao medo de dirigir do paciente e, posteriormente, como essas técnicas podem ser usadas para mudanças de paradigma, ajudando o paciente a desconstruir essas crenças, favorecendo estratégias de coping/enfrentamento da problemática em questão.
Terapia cognitivo-comportamental e biofeedback para o tratamento da fobia específica (medo de dirigir), de Armando Ribeiro das Neves Neto, descreve brevemente as terapias complementares no tratamento de fobias.
O biofeedback é uma dessas terapias e consiste em um aparelho para monitorar as alterações psicofisiológicas diante dos estímulos fóbicos, permitindo o treinamento de estratégias terapêuticas de enfrentamento, autocontrole, exposição gradual, autoeficácia, etc.
No capítulo seguinte, Atuação do psicólogo na clínica/consultório particular, descreve-se, de forma bastante didática, um processo de psicoterapia na abordagem cognitivo-comportamental, por meio do relato de uma paciente com medo de dirigir.
ÚLTIMO CAPÍTULO
O último capítulo, TCC no tratamento de fobia de trânsito em instituições de treinamento de habilitados, relata a experiência de uma instituição que trabalha no treinamento de pessoas com medo de dirigir. Conta também com o resultado de uma pesquisa que descreve as principais características dessas pessoas.
Indicado a psicólogos clínicos ou a psicólogos que trabalham em instituições que atuam com o medo de dirigir.
Resenha escrita por Alessandra Pinatti Kinjo
Psicóloga com mestrado em psicometria pela USP. Experiência com: recrutamento e seleção em todos os níveis (operacional, administrativo e gerencial), e avaliação psicológica voltado para seleção, perfil profissional e assessment.
Conhecimento e habilidade com vários instrumentos psicológicos, realizando laudos e feedbacks para os profissionais avaliados.
Veja também: Webinar – A Importância da avaliação psicológica nas atividades de risco no trabalho, por Alessandra Kinjo.