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Modalidade híbrida, por que não?

por Daniela Brandi

Mulher sorridente realizando trabalho remoto utilizando um notebook

Deixem-me já avisá-los: Vai dar certo se vocês quiserem que dê.

Baseado na pesquisa da Talenses Group, 94% das pessoas consideram que o home office veio para ficar e que 75% dessas pessoas se identificam com um modelo de trabalho híbrido. Alguém ainda tem alguma dúvida de que as coisas não serão mais como eram?

Para quem tem essa dúvida, recorro ao que aprendi com minha avó Fernanda, ainda na adolescência: “minha filha (não tem coisa mais linda e deliciosa de se ouvir do que uma avó chamando sua neta de filha), escolhemos se queremos aprender pelo amor ou pela dor”.

Esse aprendizado se fez presente a vida toda. Pessoal, alerto! As empresas que não se adaptarem por bem, perderão excelentes profissionais, pois a vida já se adaptou e o mercado de trabalho está se adaptando.

Remote first é uma modalidade híbrida em que a companhia prioriza o trabalho remoto, mas mantém um escritório para encontros presenciais esporádicos. É uma opção. Não sou garota propaganda deste modelo, mas estou na lista dos profissionais que migraram para o home office 95% desde julho de 2021. Digo 95% pois em janeiro, tive expediente presencial por 15 dias.

A pandemia provocou, na maioria de nós, a perspectiva de questionar-se em uma experiência que a princípio seria profissional, mas se tornou de vida em um outro lugar (nossa casa?), em um outro contexto (outra cidade?), em uma outra cultura (outro país?).

Mudei-me por com filho, meu marido e minha cachorra para os EUA e minha agenda com empresas e pacientes se intensificou. Sou psicóloga clínica e organizacional estratégica. Minha convivência com meu filho e meu marido se intensificaram. Componho a estatística de quem percebeu que essa aproximação é saudável, faz bem para todos e que a entrega profissional não cai nem em qualidade, nem em quantidade.

A Gartner, que realiza várias pesquisas, conseguiu chegar em algumas boas informações para que as empresas aumentem suas chances de sucesso em um modelo híbrido e agrupou em 6 tópicos: trabalho centrado no ser humano, aprendizado de novas competências, local de trabalho repensado, adoção de tecnologias, capacidade de gerir no modelo híbrido e sem dúvida, mudança de cultura.

O que nos fica claro é que não dá para pegar o modelo de entrega do presencial e incutir no virtual. Liberdade e respeito devem permear as definições. Saber que nenhuma definição é permanente e que deve acontecer ajustes que viabilizem para ambas as partes também é fundamental, já que as pessoas continuam tendo horário de almoço e término de expediente no virtual.

Para as empresas que tem RH ou para empresários que fazem a gestão de pessoas, deixo alguns pontos para essa estruturação: desenvolver habilidades e competências, gerenciar mudanças, atualizar as lideranças, cuidar da diversidade e inclusão, verificar a experiência do colaborador, recrutar já com essa clareza de novos modelos de trabalho, inteirar-se de novas tecnologias, aprimorar a gestão de desempenho para muito além de controle de ponto.

Deixem-me atualizar o aviso: já deu certo, basta olhar com atenção e contornar as grades da prisão para ver que a cela está aberta.

Daniela Brandi (CRP 6776-2)

Graduada em psicologia pela Universidade Estadual Paulista- UNESP. Estudos especializados em linha psicanalítica. Pós-graduada em MBA em Comunicação Integrada. Mestrado em Engenharia Urbana, UFSCAR, na linha de capacitação de pessoas. Gestora da Brandi Psicologia Aplicada. Diretora de Secretaria geral da ACIRP e Psicóloga Organizacional Estratégica.

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